Depois da rebelião de ex-pastores da Igreja Universal em Angola, policiais reforçaram a segurança nas entradas e saídas da igreja.
Essa rebelião começou no ano passado, quando ex-pastores da instituição começaram a protestar em meio aos cultos contra as autoridades eclesiásticas , e contra supostos abusos de poder por parte da igreja aos seus liderados.
Na época, a assessoria da igreja negou as acusações e disse que seriam ex- pastores destituídos de seu cargo e banidos da igreja por práticas ilegais e fora do contexto cristão.
Porém, de acordo com os líderes do protesto, a igreja pratica desvio de dinheiro e racismo.
Em uma entrevista, o pastor angolano Silva Matias disse que além alguns membros cometerem racismo, o próprio fundador da Igreja Universal, o fazia.
“Em uma reunião fechada, uma conferência que ele fez conosco, ele disse que nós, pretos, temos essa aparência porque nossos ancestrais, nossas mães, quando concebiam, tinham muito contato com macacos. Isso foi uma tremenda aberração e uma autêntica falta de respeito, vindo dessa pessoa que é líder fundador da igreja”, afirma.
Outro pastor acusado de racismo, seria o bispo Honorilton Gonçalves, que foi vice presidente da TV Record:
“Sabemos que ele, um homem branco, trata os negros com desdém”, concluiu.
A Igreja também foi acusada de práticas como a exigência da realização de vasectomia e da castração química, segundo eles, doutrinas contrarias a religião.
Os protestos foram feitos na última segunda-feira (22), onde 35 templos em Luanda, foram alvos de invasão por protestantes e outras 50 igrejas pelo país foram invadidas e quebradas.
Com a ação, vários pastores foram obrigados a sair as pressas devido às invasões nas casas anexas a igreja, onde moravam.
“Nós estamos aqui eu e a minha esposa, aflitos, ajeitando as coisas para sair daqui, pois a gente não sabe o que vai ser. Estamos precisando de ajuda, precisando de socorro, para ter uma direção e ver o que vamos fazer”, afirmou um dos pastores ao lado esposa.
Via o Fuxico Gospel
